30 julho 2011

Dinossauros!!


Olá pessoal,

Acho que já disse em algum post por aqui que a minha parte preferida da Estação é onde mostramos os fósseis de animais e plantas. Olhar pra estas estruturas e imaginar como era a vida há milhares de anos é como o trabalho de um investigador de uma cena de crime: você tem alguns ossos, a posição de morte e outras pistas. Estas pistas são capazes de contar histórias...imaginem a Terra como uma “cena de um crime gigante”. Os paleontólogos encaram nosso planeta desta forma, e olhando pra esses fósseis podem afirmar como era o ambiente antigamente, quais organismos viviam nessas condições e (com um pouco de imaginação) imaginar como era a vida e o planeta há milhares de anos. Mas como os fósseis se formam? Porque não são degradados no solo? E como saber de que época pertencem?


 
Os fósseis se formam somente em condições muito específicas, independentemente de estarem petrificados, carbonizados, mumificados, congelados ou encobertos em uma substância como piche ou âmbar. Por essa razão, somente uma fração dos organismos que existiram na Terra aparecem no registro fóssil.  A maioria dos fósseis é encontrada em rochas sedimentares. Esses fósseis começam a surgir quando um dinossauro morreu em um ambiente que tinha muito sedimento móvel, como um oceano, leito de rio ou lago. Esse sedimento rapidamente enterrou o dinossauro, oferecendo ao seu corpo proteção contra a decomposição. Enquanto as partes macias do dinossauro eventualmente se decompuseram, suas partes duras (ossos, dentes e garras) permaneceram. As partes “duras” são partes inorgânicas do osso, ou as partes compostas de minerais como o cálcio.
 
Só que isso é só o início. Este osso enterrado agora tem que se transformar em rocha. Outros minerais reforçam esse osso, fundindo-o em um fóssil. A água tem também um papel importante, porque transporta estes minerais para o interior do osso. Com o passar de milhões de anos, o sedimento ao redor desses ossos reforçados se torna rocha sedimentar. A erosão, as marés e outros processos naturais continuam a depositar mais sedimento, e esse sedimento também se torna rocha.



Geralmente quando se pensa em datar uma rocha é utilizada a técnica radiométrica do carbono-14. A datação do carbono-14 não é usada para medir a idade de fósseis porque sua meia-vida (a quantidade de tempo necessária para que metade dos átomos da amostra se desintegre) é muito “curta” (5.730 anos). A datação do carbono-14 pode determinar a idade das amostras até cerca de 60 mil anos atrás, mas muitas camadas de rocha e os fósseis que elas contêm têm milhões ou bilhões de anos de idade. Outros isótopos radioativos tem que ser usados como o potássio-40 e o urânio-238, que são encontrados em rocha ígnea circundante. Cada um desses isótopos tem uma meia-vida de mais de um bilhão de anos.

Por meio do estudo dos fósseis diversas teorias foram realizadas, como a teoria de que os pássaros são descendentes diretos dos dinossauros, a linhagem evolutiva humana, entre outras. Portante, quando olharem pra uma rocha, prestem atenção e quem sabe, através de um fóssil você poderá contar uma história interessante.



Um abraço a todos.

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